Acaba de ir para o lixo todo o material apresentado pelas agências Apex, iCom, InPress, Partners e Santa Fé para a concorrência coprporativa da Infra S.A. (antiga Valec), empresa federal vinculada ao Ministério dos Transportes.
Levou mais de seis meses, desde o lançamento da seleção, para a direção da empresa descobrir que a Controladoria Geral da União (CGU) havia apontado que os preços definidos como referência para a disputa — copiados de edital do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) — poderiam estar superfaturados.
Resultado: na edição de 13/05/2024 do Diário Oficial da União, o presidente da estatal, Jorge Luiz Macedo Bastos, declarou revogado todo o processo da licitação RLE nº 9/2023, “em razão de interesse público decorrente de fato superveniente”.
A conta corporativa do MCTI, no valor de R$ 22,4 milhões em 2022, é atendida pela agência BR+ desde 2018, vencedora da licitação nº 1/2017, a tal que poderia estar com valores acima dos praticados pelo mercado, segundo a CGU.
Como registrado pela Janela, a conta corporativa da Infra estava avaliada em R$ 3,3 milhões, parte de um investimento anual da empresa de R$ 8,6 milhões, dos quais os demais R$ 5,3 milhões estavam voltados para a comunicação digital.
Na fase técnica, a briga na Infra foi vencida pela Santa Fé, com 91,7 pontos contra os 79,2 da InPress Oficina. Só que na fase de preços, esta última virou, ficando em primeiro sobre a Santa Fé.
No final, como se vê, as duas — sem qualquer culpa no cartório — ficaram com as mãos abanando.
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